O Observatório de Paisagem da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto é concebido como um centro de pensamento, reflexão e ação em relação à paisagem. Estuda a paisagem, desenvolve instrumentos para a sua monitorização, prepara propostas e sensibiliza a sociedade para uma melhor proteção, gestão e planeamento da paisagem no contexto do desenvolvimento sustentável.
O OBSERVATÓRIO
DIVULGAÇÃO CIENTIFÍCA
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
O OBSERVATÓRIO
Criação | Dia 20 de Outubro de 2017 | Dia Internacional da Paisagem
- A FCUP integra o ensino e investigação da Arquitetura Paisagista;
- Portugal assinou em 2005 a Convenção Europeia da Paisagem (CEP) comprometendo-se a “promover a protecção, a gestão e o ordenamento da paisagem e organizar a cooperação europeia neste domínio”;
- Uma das missões da FCUP é a “criação, transmissão e difusão da ciência, da tecnologia e da cultura”;
- As recomendações europeias para a implementação da CEP apontam para a criação de diversos instrumentos para o cumprimento dos objetivos da CEP, nomeadamente observatórios de paisagem;
- O governo Português aprovou em 2015 a Política Nacional da Arquitetura e da Paisagem onde são identificados:
1) uma linha orientadora “Promoção da educação para a arquitetura e paisagem”;
2) O objetivo da educação, participação e sensibilização;
3) Medidas de implementação tais como: “Promover a integração das temáticas da arquitetura, da cidade e da paisagem nos programas escolares dos vários níveis de ensino não especializado, em particular nos currículos do ensino básico e secundário, que visem estimular uma cultura de cidadania” e “Desenvolver ações de formação nos âmbitos da arquitetura e da paisagem, designadamente nas áreas da arquitetura e urbanismo sustentável, da conservação, reabilitação e regeneração arquitetónica e urbanas, da proteção, gestão e ordenamento das paisagens” (Resolução Conselho de Ministros nº45/2015 de 7 de Julho);
⏵ A FCUP cria o Observatório de Paisagem.
QUEM SOMOS
CONSELHO EXECUTIVO
Maria José Curado
Diretora
Arquiteta Paisagista
Teresa Marques
Vogal
Arquiteta Paisagista
José Miguel Lameiras
Vogal
Arquiteto Paisagista
CONSELHO CONSULTIVO
Álvaro Domingues
Geógrafo
FAUP
Paulo Marques
Arquiteto Paisagista
FCUP
Paulo Pinho
Engenheiro Civil
FEUP
José Rio Fernandes
Geógrafo
FLUP
Henrique Pereira
dos Santos
dos Santos
Arquiteto Paisagista
Pere Sala I Martí
Diretor do Observatório
de Paisagem da Catalunha
Teresa Andresen
Arquiteta Paisagista
Área Metropolitana do Porto
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
José Cangueiro
COLABORADORES
Duarte Natário
Clara Costa
ESTATUTOS
Concebido como um centro de pensamento e ação em relação à paisagem, compete ao Observatório de Paisagem da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, de ora em diante designado por OP, fundado em 2017, estudar a paisagem, desenvolver instrumentos
para a sua monitorização, preparar propostas e sensibilizar a sociedade para uma melhor
proteção, gestão e planeamento da paisagem no contexto do desenvolvimento sustentável.
A sua missão contempla também o apoio à formação graduada e pós-graduada e atividades
de investigação nos domínios da paisagem, na Universidade do Porto.
O Observatório de Paisagem está na dependência administrativa e científica da Faculdade de
Ciências da Universidade do Porto.
O OP possui os seguintes órgãos de gestão:
a) Diretor
b) Conselho Executivo
O Diretor do OP é nomeado pelo Diretor da FCUP para um mandato de quatro anos.
3.1.1 Competências do Diretor
Ao Diretor compete:
a) Elaborar e submeter ao Diretor da FCUP o plano de ação para o quadriénio do seu mandato;
b) Designar os vogais e coordenar o Conselho Executivo;
c) Elaborar e submeter ao Diretor da FCUP as propostas anuais de orçamento e plano de
atividades, bem como os relatórios de atividades e contas;
d) Gerir os recursos humanos e materiais afectos ao OP;
e) Elaborar e submeter ao Diretor da FCUP a proposta de regulamento de funcionamento;
f) Promover e coordenar iniciativas no sentido da realização da Missão do OP.
3.2 Conselho Executivo
a) O Conselho Executivo, tem a seguinte composição:
a1) Diretor do Observatório de Paisagem, que preside;
a2) 2 a 4 vogais;
b) Os mandatos dos vogais do Conselho Executivo coincidem com o do Diretor;
c) Os vogais do Conselho Executivo cessam antecipadamente o seu mandato caso o
solicitem ao Diretor, ou quando este entenda a sua destituição.
3.2.1 Competências do Conselho Executivo
Compete ao conselho executivo:
a) Coadjuvar o Diretor no exercício das suas competências;
b) Exercer as competências delegadas pelo Diretor.
O OP tem um Conselho Consultivo que assiste os órgãos de gestão em questões de carácter
estratégico.
a) O Conselho Consultivo integra um máximo de dez elementos, que podem ser internos ou
externos à Universidade do Porto, nacionais ou estrangeiros;
b) Os elementos do Conselho Consultivo podem exercer um mandato uninominal ou em
representação de instituições científicas;
c) Os elementos que integram o Conselho Consultivo a título individual são convidados
diretamente pelo Diretor da FCUP, enquanto os que representam instituições científicas são
indicados por estas na sequência de convite a elas endereçado pelo Diretor da FCUP;
d) No início do mandato a primeira reunião do Conselho Consultivo é presidida pelo Diretor
da FCUP, ou pessoa por ele designada, sendo nessa reunião indicado o presidente do
Conselho para o quadriénio em curso;
e) Os elementos do Conselho Consultivo podem ser convidados a manterem-se no Conselho
no quadriénio seguinte;
f) O conselho consultivo deve reunir no mínimo uma vez por ano, podendo o Diretor do OP
solicitar reuniões extraordinários quando considerado necessário.
DIVULGAÇÃO CIENTIFÍCA
Em 2018, Ano Europeu do Património Cultural, completam-se 30 anos sobre o lançamento do primeiro Programa de Recuperação de Jardins Históricos em Portugal, uma iniciativa conjunta do Instituto Português do Património Cultural/Secretaria de Estado da Cultura e da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional. É neste contexto que o Observatório de Paisagem da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto promove um concurso fotográfico com o tema “Jardins Históricos em Portugal” encontrando-se aberto até 15 de outubro de 2018.
O concurso pretende:
a) Sensibilizar todos os participantes para o património cultural, particularmente para os Jardins Históricos;
b) Incutir o gosto pela apreciação da arte dos jardins;
c) Alertar para a importância da sua salvaguarda enquanto objetos de memória coletiva de valor histórico-cultural.
Foram premiados:
Encontro – 30 anos de Recuperação de Jardins Históricos em Portugal · 23 de novembro 2018
Em 2018, Ano Europeu do Património Cultural, completam-se 30 anos sobre o lançamento do primeiro Programa de Recuperação de Jardins Históricos em Portugal, uma iniciativa conjunta do Insttuto Português do Património Cultural/Secretaria de Estado da Cultura e da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas, com a partcipação do Instituto de Emprego e Formação Profssional.
O Observatório de Paisagem da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto considera da maior relevância a realização, em colaboração com a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas e a Associação Portuguesa de Jardins Históricos, e com o apoio da Direção Geral do Património Cultural, de um Encontro que permita refetir sobre o trabalho realizado desde o lançamento do Programa, em 1988, até aos dias de hoje, avaliar as principais realizações alcançadas e identficar os caminhos ainda a percorrer na conservação e recuperação do património de Jardins e Paisagens Históricas, em Portugal.
Paralelamente, assinalam-se os 25 anos da ação de apoio à recuperação de jardins de valor histórico, no âmbito dos ‘projetos-piloto no domínio da conservação do património arquitetónico europeu’, promovida pela Comissão Europeia em 1993. Dos 66 projetos aprovados para financiamento, 7 foram apresentados por Portugal.
Na sequência deste encontro foi elaborado e aprovado o documento ‘Os Jardins Históricos em Portugal e o Apelo à Ação de Berlim‘ (English version), em conjunto com a AJH.
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO
Repositório 30 Anos de Recuperação de Jardins Históricos em Portugal (1988 – 2018), 2019 – presente
Novas iniciativas e novidades para breve…
TESES E DISSERTAÇÕES
Contributos para a avaliação da evolução da paisagem do Baldio de Carvalhais
De forma a produzir um instrumento de avaliação participativa, são feitas ações
de observação e registo sobre as propriedades geridas, através da participação de
voluntários.
Este instrumento contribui para o estudo da evolução da paisagem da área de
estudo do Baldio de Carvalhais, permitindo simular cenários de evolução a 20 anos, de
modo a comparar dois modelos de gestão: evolução natural e a continuação do modelo
de gestão atual.
Conclui-se que, o modelo de gestão atual, baseado em ciclos de fogo controlado,
apesar de implicar uma perturbação antrópica no ecossistema natural, torna o território
mais resiliente aos riscos naturais, nomeadamente aos fogos florestais.
Esta gestão, que remete para as queimas do sistema cultural e tradicional da
região, é responsável pela compartimentação da paisagem. Este mosaico de paisagem
dinâmico constitui, também, um modelo de gestão favorável à conservação da natureza
para o Baldio de Carvalhais, potenciando a existência de espaços de transição (orlas
arbustivas) relevantes à biodiversidade.
Literacia para a Paisagem: Proposta de estrutura para guia didático para o 1º e 2º ciclo do ensino básico
Realizou-se um levantamento de projetos educacionais europeus, a partir do qual se elegeu o projeto Proxectoterra, da Galiza, por ser constituído por material didático para a faixa etária em que se foca a investigação (6-12anos), e por incorporar os conteúdos dos currículos escolares. Uma vez que o produto final desta investigação se aplica a Portugal, foi escolhida a proposta didática desenvolvida pelo Museu da Paisagem, como caso de estudo português.
A proposta consiste numa estrutura para um guia didático para o 1º e 2º ciclo do ensino básico. Esta teve como linhas orientadoras as metodologias de ensino da paisagem e os projetos que consistem no inventário. Além de se educar para a paisagem, e fornecer bases para desenvolver a capacidade de interpretação da paisagem, a estrutura proposta espera, também, ajudar o aluno a entender o seu lugar no mundo e o seu papel na paisagem, e ainda incentivá-los à sua participação na mesma.
Proposal of a Landscape National Policy for Portugal
Os Observatórios de Paisagem como uma plataforma de envolvimento da sociedade civil a longo prazo
É dentro dessa ideia que este relatório reflete sobre a inclusão de processos de participação da sociedade civil nessas plataformas de observação. Levando em consideração a carga emocional e perceptiva das pessoas como um dos componentes essenciais da noção de paisagem em acordo com a atuação da CIVILSCAPE. Três estudos de caso foram eleitos em três países da Europa, que envolvem os agentes civis com a paisagem, construindo a partir deles um repertório de condutas, sob o formato de recomendações. O foco está no estágio de sensibilização com o território, reconhecendo-o como paisagem, estimulando o impulso e condução de iniciativas pela sociedade civil.
Com base nas lições aprendidas nos estudos de caso, três pilares foram construídos para apoiar a proposta: comunicação e transmissão de conhecimento sobre paisagem, os novos modelos de governança e a gestão participativa. É ainda desenvolvido como um exercício de aplicação, a estrutura de uma proposta piloto para uma plataforma colaborativa de imagem digital no âmbito de contributo para Observatório da Paisagem da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, intencionando evoluir de uma atitude de reação às pressões sobre paisagem para o estímulo ao desenvolvimento de formatos de observação proativos e estratégicos.
Contributos para os sistemas de gestão das Paisagens Culturais Portuguesas: os casos de Sintra, do Alto Douro e da Ilha do Pico
Em Portugal, existem 3 paisagens inscritas na Lista de Património Mundial da UNESCO, nomeadamente: a Paisagem Cultural de Sintra, o Alto Douro Vinhateiro e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico. Assumindo o caráter essencialmente artístico da primeira e o caráter agrícola das duas últimas, entende-se como fundamental que os organismos responsáveis pela sua gestão reajam no sentido de proteger os respetivos valores patrimoniais, materiais e imateriais, conciliando os interesses económicos e de desenvolvimento com a preservação das paisagens culturais de forma equilibrada.
Atualmente, não existe o reconhecimento do conceito de paisagem cultural na legislação nacional e, consequentemente, nenhum modelo oficial que apresente as linhas orientadoras para a gestão destes Bens. Tal acaba por resultar na utilização de instrumentos de gestão heterogéneos, que nunca são completamente adequados pela lacuna verificada a nível legislativo no que toca às paisagens culturais.
Nesse sentido, os objetivos do presente relatório passam por perceber o enquadramento internacional das paisagens culturais inscritas na Lista da UNESCO e a sua transposição para o contexto português, procurando identificar lacunas dos sistemas de gestão de cada uma das paisagens culturais nacionais e apresentar contributos para as colmatar, garantindo sempre a salvaguarda dos valores patrimoniais inerentes a estes Bens.
Metodologias para o Estudo da Evolução da Paisagem – Ventosa