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Chama-se Bebras - Castor Informático, tem 16 anos de existência e é uma iniciativa internacional que visa promover e introduzir a informática e o pensamento computacional junto de estudantes de todas as idades, sem necessidade de experiência prévia. Por iniciativa do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Portugal é agora oficialmente um National Bebras Organizer (NBO).

A ideia de se candidatar a membro organizador desta iniciativa organizada já em mais de 50 países partiu do docente da FCUP, Pedro Ribeiro, já com uma vasto passado na educação, promoção e divulgação da informática, e com experiência na organização de competições para alunos, como é o caso da Olimpíadas Nacionais de Informática, cuja liderança técnica e científica assume desde 2006. 

O DCC-FCUP juntou-se assim de forma oficial a esta iniciativa depois de passar um período como país observador, num processo que envolveu o preenchimento de vários requisitos e uma apresentação em assembleia-geral. Depois a candidatura é submetida a uma votação dos países NBO atuais e são precisos 2/3 dos votos para se entrar na organização como membro de plenos direitos. Este ano de quatro países que concorreram, apenas dois conseguiram esta conquista: Portugal e a Índia.

A propósito da organização deste evento, o docente Pedro Ribeiro esteve presente na semana passada num workshop do Bebras em que foram trabalhados os problemas que os participantes terão de resolver na edição de 2021. "Este ano foram submetidos 274 problemas pelos vários países. Destes, 22 foram escolhidos para candidatos a best task, incluindo 3 problemas enviados por mim, o que torna Portugal o segundo país com mais problemas neste leque; um dos nossos problemas foi eleito o 3º melhor de todo o workshop", conta o professor do DCC. A submissão e revisão de problemas tem sido até agora um dos contributos de Portugal para a competição, passando agora, como membro, a ser oficialmente responsável pela iniciativa em Portugal.

A edição deste ano está marcada para novembro. No ano passado participaram mais de 2,5 milhões de estudantes em todo o mundo. Em Portugal, e contando também com o apoio da associação TreeTree2, a
iniciativa realizou-se pela primeira vez, de forma experimental, o ano passado, tendo participado  5137 alunos do 3º ao 12º de escolaridade, provenientes de 45 diferentes escolas/agrupamentos de praticamente todo o país.