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Investigadores da FCUP/IA estudam atmosferas de exoplanetas

Caracterização com base no espectrógrafo ESPRESSO


Uma equipa internacional que inclui vários investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, ligados à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), conseguiu estudar e caracterizar com grande detalhe as atmosferas de três exoplanetas conhecidos. Os resultados, que se baseiam em dados recolhidos pelo espectrógrafo ESPRESSO*, fazem parte de uma série de três artigos, aceites para publicação na revista Astronomy & Astrophysics

Instalados no Observatório do Paranal do ESO, o ESPRESSO alia a sua estabilidade única ao incrível poder coletor do Very Large Telescope (VLT), o que torna possível o estudo de atmosferas de exoplanetas com grande resolução espectral. Para Nuno Cardoso Santos, docente do departamento de Física e Astronomia da FCUP e investigador do IA: “os resultados mostram que é possível, a partir do solo, usar o ESPRESSO para fazer medições semelhantes às que se conseguem com o telescópio espacial Hubble.

O docente da FCUP participou nos três artigos, sendo ainda o primeiro autor de um deles. Nesse estudo, a equipa estuou a
 atmosfera do exoplaneta HD209458b, detetando a presença de óxido de titânio e sódio. “No entanto, os resultados mostram que existe algo que ainda não foi possível identificar. Serão precisas mais observações, ou modelos de atmosferas mais precisos, para podermos concluir”, acrescenta, num comunicado do IA. 

Eduardo Cristo, investigador e estudante de doutoramento na FCUP, explica que “a técnica irá agora ser aplicada a outros exoplanetas, a maioria pertencente ao GTO (Guaranteed Time Observations) do consórcio do ESPRESSO, com o objetivo de alargar o conhecimento que temos sobre atmosferas de exoplanetas, quais os mecanismos que estão presentes e determinar a sua composição.

Noutro desses artigos, a equipa estudou o espectro de transmissão do júpiter ultra-quente WASP-121b, detetando na sua atmosfera elementos como sódio, hidrogénio, magnésio, cálcio, potássio e vestígios de lítio. A presença deste último elemento pode ajudar a entender melhor a história de formação de planetas.

"Estes resultados vêm provar que é muito mais do que um simples detetor de planetas e permite também a caracterização das atmosferas de exoplanetas em trânsito", comenta Sérgio Sousa, doutorado em Astronomia pela FCUP e coautor dos três artigos. 


A participação do IA no ESPRESSO faz parte de uma estratégia mais abrangente para promover a investigação em exoplanetas em Portugal, através da construção, desenvolvimento e definição científica de vários instrumentos e missões espaciais, como a missão CHEOPS (ESA), já em órbita. Esta estratégia irá continuar durante os próximos anos, com o lançamento do telescópio espacial PLATO (ESA), a recém aprovada missão Ariel (ESA) e a instalação do espectrógrafo HIRES no maior telescópio da próxima geração, o ELT (ESO).

Echelle SPectrograph for Rocky Exoplanet- and Stable Spectroscopic Observations) é um instrumento que mede as mudanças no espectro de luz com grande sensibilidade. 


espresso
© ESO/P. Horálek | Imagem da sala do ESPRESSO, onde os raios luminosos colectados pelos quatro Telescópios Principais do VLT são combinados e inseridos em fibras que, por sua vez, levam a luz até ao espectrógrafo propriamente dito, situado noutra sala. Podemos ver no fundo da imagem um dos pontos onde a luz entra na sala.


 



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Renata Silva. SICC. 17-11-2020
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