Ferreira da Silva | Química para a vida, uma vida de química.
As análises de águas e o início da carreira de investigação 31 desta água na lavandaria a vapor do hospital. Defendendo a superior qualidade da água da Companhia na origem, atribuía às deficientes canalizações no interior das habitações as numerosas queixas dos consumidores que estavam na base da polémica. Ferreira da Silva realizaria numerosos estudos analíticos em nascentes de norte a sul do país, frequentemente solicitados para usos termais: Monsão, Unhais da Serra, Caldas de Moledo, Caldas da Saúde, Entre-os-Rios, Caldas de Canavezes, Moura, etc. Com a descoberta da radioatividade na viragem do séc. XIX, a existência de emanações radioativas em águas minero- medicinais passou a ser apregoada como uma característica superior, responsável por curas “milagrosas”. Assim é que Ferreira da Silva se dirige a Madame Curie em abril de 1919, pedindo- lhe conselho sobre que aparelhos usar para medir a radioatividade das águas termais. Ela responde-lhe indicando o único aparelho de construção francesa de que tinha conhecimento: o eletroscópio [Chéneveau]-Laborde. Este eletroscópio, em conjunto com um grande número de acessórios para medir a radioatividade em corpos sólidos, líquidos ou gasosos, viria a ser adquirido pelo Laboratório de Física para a formação específica de futuros clínicos a desempenharem funções em instalações termais no âmbito da criação, em 1930, do Instituto de Climatologia e Hidrologia da Universidade do Porto. 3.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDkzNTY=